segunda-feira, 13 de julho de 2009

Originalidade e emoção ao casamento caipira nos anos 80.


UMA ARTIGO QUE SAIU NO JORNAL DE SANTA CATARINA NOS ANOS 80 COM O 1° CASAMENTO CAIPIRA, QUE O NOIVO E A NOITE VEM DE PARAQUEDAS.
ISSO OCORREU NA CIDADE DE BLUMENAU-SC
TEXTO DIGITADO DO JORNAL
Em estilo original e mantendo a velha tradição do uso, o Clube de Pára-quedismo Ícaros do Vale, apresentou o casamento caipira aonde os envolvidos no cerimonial chegaram do céu, através de para quedas. Um padre, a noiva, e o noivo, testemunhas, um guarda, um gaiteiro e um fotografo formaram o elenco da trival peça caipira.

O clube de paraquedismo Icaros do vale é o único do Estado em Atividades e desenvolve sua pratica no Aeroclube de Blumenau “Quero-Quero”. Atualmente, há 45 pára-quedistas, sendo que do total, 5 são do sexo feminino. Foi fundado em 1969, e desde então vem aperfeiçoando as técnicas e ministrando cursos a todos interessados.

Ontem, um evento pioneiro no Brasil marcou mais uma época, e data histórica para este clube.
Foi realizado um casamento caipira aonde desde os noivos, o padre, testemunhas, gaiteiro e fotógrafos chegam através de para quedas, dando assim o toque eventuroso, ligado a este esporte, neste tradicional cerimonial nas Festas de São João.

Programação

A movimentação começa com os trabalhos de dobragem do para quedas a ser usado para o salto.
Caprichosamente são feitas as amarras e encaixando com perfeição no invólucro que o embala.
Feito isto o grupo se prepara emocionalmente e espiritualmente para enfrentarem o cenário aventuroso em que eles participarão como principais integrantes.

Acomodados num avião Neivinha, partiram o fotografo, no caso Harold Frech, e as testemunhas José de oliveira e Iolanda Correa, Monica Schlingmann e Raimundo Mette todos vestidos com roupas de xadrez, e listas, pintados a modo exagerado e certamente com o para quedas as costas.
Após decolarem com pequeno avião demorou, cerca de 10 minutos para alcançar 2.500 pés onde, se lançaram ao ar os primeiros cinco caipiras. Sem nenhum imprevisto todos chegaram ao chão intactos onde harmoniosamente, comentavam sua emoção.

A vez dos noivos

Em idênticos passos iniciais partiram o noivo: Noberto Heusser e a noiva Carla Meyer. Juntos acompanharam o padre, Noberto Mette, um policial, Valmir Lana e um gaiteiro, Osni Coutinho. A expectativa neste momento foi maior pelo publico, pois envolvia os astros da peça.

A demora para o avião tomar altura foi maior, alcançando 3.500 pés, altura ideal para fazer os saltos, os espectadores torcendo o pescoço para cima, atentos para não peder um segundo da emocionante aventura no ar, salta o policial empunhando a espingarda, o padre com uma batina meia volta e lançam-se o gaiteiro com a gaita nas mãos, e pouco tempo depois os noivos, vestidos folcloricamente, fazem sua exibição.

Concretização do cerimonial

O publico esperava que o casamento caipira acontecesse no ar, contudo, conforme o organizadores, isto não é possível tendo-se em vista que os envolvidos têm de levar a espingarda, gaita, e haveria necessidade de permanecer pó longo tempo no ar, o que não acontece.Por isso, após todos atingirem o solo, se dirigiram ao galpão que abriga o clube onde foi realizado, verdadeiramente, o casamento caipira mas, deixando transparecer o aventuroso caminho que este esporte exibe, podendo-se afirmar que os noivos e todos os membros envolvidos no casamento vieram do céu ou melhor do ar.
TEXTO: JORNAL DE SANTA CATARINA

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